Irmá Benigna

Reportagem Especial

Entrevista com o Sr. José Synfronini de Freitas Castro

Data: 16/10/2022

Edição: 85

- Sr. Synfronini, o senhor teve o privilégio de conviver com a Irmã Benigna por alguns anos. Poderia nos contar sobre o momento em que a conheceu?

R - “Eu me chamo José Synfronini de Freitas Castro. Sou escultor e artista plástico. Uso o nome de Synfronini. Conheci Irmã Benigna, com ela procurando um escultor para fazer uma imagem de Nossa Senhora de Lourdes e da Santa Bernadete. Então, eu a convidei para entrar, e começamos a conversar. A primeira impressão que eu tive dela, é que é uma pessoa muito simples, e que ela queria procurar esse tipo de trabalho para uma comunidade, também carente. Então, eu teria que estudar uma maneira de atendê-la de uma maneira que fosse bastante favorável a ela. 

Imediatamente, apareceu a minha mãe e se cumprimentaram. Ela nos pôs todos de mão dada para rezar a Salve Rainha. E a Salve Rainha foi rezada dentro do meu ateliê, que segundo a minha mãe, não estava muito indo muito bem de trabalhos. E ela disse que, a partir daquele momento, tudo seria diferente, que tudo ia melhorar. E de mãos dadas nós rezamos a Salve Rainha, e depois começamos a nos entender a respeito da escultura a ser feita.”

 

- O que mais o impressionou neste primeiro encontro?

R - “Eu senti que era uma pessoa extremamente simples, mas que tinha uma fé muito grande em Jesus e na Maria Santíssima. Ela rezava a Salve Rainha com muita fé. E isso nos deu muita força, às pessoas que ouviram e que participaram nesse momento. Imediatamente, foram solicitados vários trabalhos, que eu não dava nem conta. No momento em que ela rezou no ateliê, e quando apareceram os trabalhos sucessivamente, eu vi que aquela oração dela era, realmente, um pedido milagroso e que, sem dúvida, foi solicitado e atendido.”

 

- Quando o senhor a conheceu, Irmã Benigna trabalhava em Lavras, no Lar Augusto Silva, que funcionava como orfanato, asilo e creche. Nessa época, ela ia a Belo Horizonte com frequência, para conseguir doações e verbas para o local. Pode nos contar como se deu o início da amizade entre vocês e o que pôde perceber na sua convivência com ela?

R - “Olha, a Irmã Benigna me solicitou as esculturas e, durante esse período em que eu confeccionava o trabalho, ela se tornou a minha amiga predileta, porque ela me ligava sempre, solicitando que eu fosse ajudá-la a arrecadar as doações dentro de Belo Horizonte, em vários lugares. A gente ia buscar essas doações, que eram acumuladas no Colégio Piedade e, uma vez que já tinha uma carga formada, ela me pedia para levá-las a Lavras, ‘para os meus velhinhos’, como ela dizia.

Eu acompanhei a Irmã Benigna, várias vezes, para arrecadar e levar esses mantimentos, e outros benefícios que eram dados por amigos. Uma vez que a gente chegava em Lavras, chegava no asilo, era uma alegria. Quando eles viam a Irmã Benigna, mudava todo o ambiente: todo mundo alegre, todo mundo receptivo, abraçava e rezavam, porque todo momento de fé da Irmã Benigna era a oração. Juntava todo mundo de mão posta, ela não perguntava se a pessoa era católica ou não, juntava todo mundo e: ‘vão rezar a Salve Rainha’, todo mundo de mão dada. E, uma vez rezada a Salve Rainha e as orações, aí ela entrava em contato para resolver os problemas que lhe eram dirigidos.”

 

- Irmã Benigna tinha uma fé inabalável. Muitos a procuravam, pedindo para que rezasse por suas necessidades e aflições, relatando graças alcançadas através das suas orações. Preocupava-se com a proteção das pessoas e costumava presentear àqueles que a procuravam, com o que chamava de ‘Relíquias’, pequenos saquinhos de tecido, com orações fortíssimas para livrá-los de males e perigos. Ao longo de sua convivência com ela, o senhor também alcançou graças através de suas orações? Irmã Benigna o presenteou com uma das ‘Relíquias’ que fazia?

R - “Uma das vezes que fomos levar as doações lá para o asilo em Lavras, o meu carro teve um problema, logo na saída de Belo Horizonte. Então ela me disse: ‘O Synfronin’ - que ela me chamava de Synfronin - ela disse assim: ‘esse carro seu precisa ser trocado’. E, no mais, nós viajamos tranquilamente, não houve problema nenhum. Chegamos lá, levamos todas as doações, e eu voltei tranquilamente. Mas ela disse: ‘ah... você precisa trocar esse carro’. E eu não via condição de trocar o carro. Mas apareceram tantos trabalhos para mim, que na segunda vez que ela me chamou, eu apareço lá com um carro novo. Aí Irmã Benigna falou: ‘uai Sinfronin, carro novo!’. Eu falei assim: ‘pra senhora ver, Irmã, que suas orações foram atendidas’. E viajamos com o carro novo, novinho, novinho. Aí, fomos pra lá; nós levamos, como de costume, as doações, e chegamos lá, já anoitecendo. Então, após ter descarregado o carro, eu me dirigi para o hotel e falei: ‘vou dormir aqui em Lavras e amanhã cedo eu vou pra Belo Horizonte’.  Mas, como ainda não era tão tarde, eu falei: ‘ah, carro novo, eu vou embora hoje mesmo; amanhã recomeça minha vida’.  E resolvi ir embora. Mas, antes, ela falou assim pra mim: ‘espera aí, que eu vou lhe dar uma coisa’. Foi lá no asilo e trouxe pra mim um saquinho com um bentinho, que, segundo ela, deveria ser colocado no carro e não deveria ser tirado. Eu coloquei no carro, fui embora. Resolvi viajar e fui voltando para Belo Horizonte. Quando, já quase amanhecendo o dia, em uma curva, vinham dois caminhões - eu me lembro como se fosse hoje - dois caminhões, de cor da boleia azul. Eu bati o farol, assim, na minha frente; quando eu joguei o carro pra cá: outro na minha frente! Aí, eu vi que, entre um e o outro, dava pra eu entrar. Eu entrei, logo atrás desse, que subia, que tava na contramão, e arrumei a direção do carro pra... E o carro começou circular em parafuso na estrada - mais dentro da parte da estrada, do asfalto. Parou e me refiz do susto. E fiz minhas orações, pra seguir, depois, pra Belo horizonte. Cheguei em casa, já tranquilo, e fui dormir. Quando era de manhã, Irmã Benigna me liga, aí ela: ‘Synfronin...’ – ‘Oi Irmã’. – ‘Tudo bem?’ – ‘Tudo bem. Uai, mas a senhora não sabia que eu estava dormindo não?’ – ‘Sabia não, sabia que você tinha ido embora pra Belo Horizonte’. E falou: ‘então, foi tudo bem?’ - Eu falei: ‘oh, Irmã, eu vou contar pra senhora o que aconteceu’. Ela disse que ela pressentia esse acidente, e que se pôs em oração pra que Deus tivesse compaixão de mim, que eu era uma pessoa que tinha crianças pequenas, e que tinha que conduzir a minha vida. Essa foi uma das coisas muito emocionantes na minha vida, e que foi... foram reais; e que eu vivo. Sempre que converso com pessoas da devoção da Irmã Benigna, eu faço questão de contar esses acontecimentos. 

Passados uns tempos, quando eu fui vender o carro, essa relíquia foi junto com o carro. ... aí eu liguei pra eles, e falei: ‘vou buscá-la’. E eu fiquei usando por muito tempo, até que já não me lembro mais para onde foi.”

 

 - Irmã Benigna transformava os lugares por onde passava com a força de sua fé e suas orações. O que o senhor se recorda do jeito de ser e agir da Irmã Benigna e a forma como ela conduzia as pessoas a Deus e Nossa Senhora?

R - “Todas as pessoas que ela encontrava, ela abençoava. E era uma pessoa que tinha, assim, uma atração muito grande, pela sua forma, pela sua pessoa. E, sempre que se aproximavam dela, todos que se aproximavam dela, se tornavam amigos da Irmã Benigna. Que ela tinha um carisma muito grande, e colocava todo mundo em oração, e pedia a todos que fizessem a oração com muita devoção, que pedissem a Deus, e a intenção de Nossa Senhora, para que eles pudessem conseguir tudo aquilo que eles necessitavam.

Quando eu conheci a Irmã Benigna, eu vi os valores do catolicismo. E ela pregava com muita fé. E a sua presença me incentivou, mais ainda, a minha fé - que é uma coisa que a gente adquire dentro da vivência e também dos acontecimentos que nos são sucedidos.”

 

- Naquela época, para que os velhinhos do Asilo pudessem participar da Missa, era preciso caminhar até uma Igreja que ficava distante. Irmã Benigna decidiu construir uma capela no Asilo. Para isso, reuniu os amigos, fez campanhas e rifas. Durante sua construção, enfrentou problemas de toda ordem. Foram dívidas, falta de material, humilhações, mas ela oferecia tudo a Deus. Por ser devota de São José, em sua homenagem, deu a esta capela o seu nome “Capela de São José”. Pode relatar um pouco do que pôde presenciar e acompanhar nessa época?

R – “Olha, eu me lembro que ela procurava os materiais em Belo Horizonte, doações. E tinha também uma empresa de transportes, se me falha a memória, Asa Branca, que levava esses materiais também, que eram doados a ela. Ela tinha muita fé. Quando ela chegava, ela via a construção da Igreja. Ela rezava, como sempre, a Salve Rainha e pedia a Deus que aquilo fosse conseguido da melhor maneira possível. E conseguia, cada vez mais, as doações para que fosse erguida essa capela São José.

 Olha, eu fiz pra ela os adornos em bronze polido, que foram ornar as partes de mármore que ela recebia. Esses mármores, muitos deles vieram em doação; outros foram comprados, e ela conseguia arranjar solução para o pagamento desses mármores. Eu participei, sim, da decoração. Fiz aquelas esculturas que existem lá. São lírios, que foram de desenhos que eu fiz copiando da capela do Prado, do colégio da Piedade. 

Na inauguração da capela, chegaram lá em Lavras, muitos ônibus de vários lugares, e muitos carros de pessoas que... eram pessoas que ajudavam na construção da capela e ajudavam o asilo. Então, foi uma festa grandiosa, com uma comemoração maravilhosa. E havia uma banda que tocava as músicas que, a Irmã Benigna adorava música, né... Acho que o berço dela era mesmo... que o pai, irmãos... Então, foi uma festa muito bonita mesmo, a inauguração da Capela. Ela ficou muito feliz. E, após a inauguração da capela, houve um almoço de confraternização, um banquete mesmo, de qualidade, com muita fartura, coisa que bota a pessoa satisfeita, e todo mundo ficou muito feliz.

Na inauguração da Capela não poderia faltar a presença da Dona Maria do Carmo, que era fiel amiga, de todos os momentos, da Irmã Benigna. E muitos amigos também: lá de Belo Horizonte e também de Lavras e de outros lugares, também compareceram”. 

 

- Devido à sua grande devoção a Nossa Senhora de Lourdes, Irmã Benigna construiu a Gruta em sua homenagem, no Lar Augusto Silva, para que as pessoas lá também pudessem rezar e entregar à Mãe de Deus as suas necessidades. As imagens de Nossa Senhora de Lourdes e de Santa Bernadete, que se encontram nessa Gruta, foram feitas pelo senhor. A Gruta foi inaugurada em 16 de agosto de 1981, com a celebração da Missa, e contou com a presença de muitos amigos e de seus velhinhos. O senhor teve a oportunidade de participar da inauguração da Gruta?

R - “Na inauguração eu estava presente, eu e toda minha família.  Gostei muito da gruta porque achei que foi feita com bastante esmero e com bastante qualidade mesmo. Foi bem dirigida a construção da gruta e a colocação das imagens de Nossa Senhora de Lourdes e da Santa Bernadete.

Foi uma festa muito maravilhosa também. Houve a inauguração da... houve a Missa e, logo após, a inauguração da gruta. E, em seguida, aquele almoço de confraternização, que sempre pautava na vida da Irmã Benigna. Ela gostava muito de sempre repetir que ela gostava muito de fartura, e que essa fartura, Deus concedeu a todos do Lar Augusto Silva. E ela ficava muito feliz em saber que nada faltava pra esses seus velhinhos.

Em ocasião de festa, Irmã Benigna disse pra mim que os velhinhos deveriam participar. Todos eles de roupa nova, porque além da fartura que se pautava nas suas festas, os velhinhos deveriam estar vestidos e calçados de roupa nova. Isso é uma coisa que eu achava até engraçado, mas é uma verdade.

O que eu observava na Irmã Benigna é exatamente a dedicação dela, a qualquer pessoa, independentemente de ser um mendigo, de ser uma pessoa abastada, empresário, ou pessoa de... Para ela, era uma pessoa igual, o tratamento era sempre o mesmo.

 

- Irmã Benigna acolhia a todos que Deus colocava em seu caminho. Apesar das diversas enfermidades que sofria, nada era obstáculo para que a ela cumprisse sua missão a serviço de Deus e dos irmãos. O senhor presenciou algum momento em que ela estava com a saúde fragilizada?

R – Olha, certa vez que eu fui visitar um amigo no hospital Felício Rocho, estava ela saindo com a Dona Maria do Carmo, e eu falei: “uai Irmã... a senhora aqui?’. Ela pegou e disse pra mim: ‘É Synfronin... o bronze não estava muito bem’. Eu falei assim: ‘O bronze... o que é bronze?’. Ela falou assim: ‘o bronze é o coração, e então eu vim aqui pra dar uma cuidada nele’.”

 

- No dia 12 de outubro, Irmã Benigna passou muito mal no Colégio. No dia seguinte, ela foi levada ao Hospital Prontocor – BH. Após constatar-se que ela havia sofrido um infarto na noite anterior, foi necessário interná-la no CTI. Devido ao agravamento das suas condições de saúde, ela foi submetida a uma cirurgia para colocação de um marca-passo, mas não resistiu, vindo a falecer na noite de 16 de outubro de 1981. Seu velório aconteceu na Capela do Colégio Nossa Senhora da Piedade, em Belo Horizonte, e contou com a presença de muitos amigos, de diversos lugares, que contavam as graças e o amparo recebidos através da Irmã Benigna. As rosas que cobriam seu corpo, aos poucos, foram substituídas por bilhetes com pedidos de bênçãos e graças. O senhor pôde acompanhar tudo de perto, sendo inclusive chamado para fazer a sua máscara mortuária, que mais tarde permitiu a confecção dos Bustos em sua homenagem. Pode nos falar um pouco sobre o que pôde perceber e vivenciar naquele dia?

R – “No dia que a Irmã Benigna veio a falecer, uma amiga me ligou dizendo que a Irmã Benigna havia falecido e que o velório seria no Colégio Piedade, no calafate. Então, eu me refiz daquele susto e falei: ‘eu tenho que fazer alguma coisa’, passei a mão no material e falei: ‘vou fazer a máscara mortuária da Irmã Benigna’. Então, por uma força maior, eu fui levado a fazer essa máscara. E, chegando lá no colégio, defronte a todos os presentes, eu confeccionei a máscara, que me serviu, depois, pra concluir os dois bustos de bronze que estão em Lavras. Um que tá perto da gruta, e o outro que foi colocado na pracinha à frente.

 Era uma emoção muito forte, e ela era sentida por todos os presentes. Que a Irmã Benigna, ela tinha um coração muito grande, muito amor, e todas as pessoas presentes ali, ficaram emocionadas.”

 

- Irmã Benigna morreu com fama de santidade. O senhor recebeu graças, após seu falecimento? 

R- “No último almoço de confraternização, logo após o almoço, todo mundo foi cumprimentá-la, e quando eu fui cumprimentar, tudo estava terminando... Na presença de todos, todo mundo alegre, e ela disse pra mim: ‘Agora Synfronin, Deus pode me levar, que está concluída minha obra’. Eu falei: ‘Não Irmã Benigna, a senhora disse que ainda ia rezar pra eu conseguir a minha casa’. Ela disse pra mim assim: ‘Mas eu estando perto de Deus, vai ser muito mais fácil eu te ajudar’. Ela faleceu em 81 e, em 82, por acaso, eu fui comprar um apartamento com meu cunhado, e aí, a pessoa fala: ‘Compra esse da frente, ele achou meio caro... sô, compra ele’, mas eu disse: ‘Não tenho condição’. Ele falou assim: ‘Nós arrumamos uma condição, o apartamento é seu’. Eu peguei e falei: ‘Bom, então o senhor arranja uma condição’. E foi arranjada essa condição; e eu comprei meu apartamento.

Eu tinha uma economia pequena, eu dei de entrada e financiei o resto. E era um apartamento de cobertura, então tinha somente um terraço em cima. Eu, posteriormente, construí em cima e coloquei: Cobertura Irmã Benigna.”

 

- Sr. Synfronini, ao longo da sua caminhada com a Irmã Benigna, o senhor fez fotos dela. Poderia nos relatar sobre uma passagem com ela?

R- “Ah, eu tirei várias fotos dela. São várias fotos. Eu já mandei algumas pra AMAIBEN, mas essa foi especial: havia uma mangueira muito florida. Eu peguei e falei: ‘Ô Irmã, que mangueira linda, e essas roseiras’... Ela falou: ‘Então tira, Synfronin, o retrato da mangueira’. Falei então: ‘A senhora fica aqui, atrás das roseiras, que eu pego a senhora, as roseiras e a mangueira’. E foi, ela ficou e, parece que o formato das rosas, parece que formou uma espécie de coração. E uma das rosas ficou em cima do peito da Irmã Benigna, e eu fui observar isso depois que eu mandei revelar as fotos. Naquela época a gente tirava a fotografia, tinha o filme, a gente mandava revelar. E quando eu peguei essas fotografias e mandei pra Dona Maria do Carmo, ela escolheu aquela que hoje todo mundo conhece, né... que é ela com as roseiras.”

 

- Para a sua vida e de seus familiares, como o senhor entende a importância de sua convivência com a Irmã Benigna?

R – “A minha família toda tem devoção à Irmã Benigna - e todos aqueles que tiveram oportunidade, como minhas irmãs, minhas filhas, minha falecida esposa, tiveram a felicidade de conhecê-la. Sempre que ela estava em casa, era aquela festa, aquela alegria de todos, né. Graça que nós recebemos, são várias. Como eu já falei algumas aqui, e uma coisa que me marcou muito, foi quando estava o meu irmão - que era meu artífice, meu ajudante - retocando a cera de uma das partes da evolução para o bronze, e o filho brincava sobre a fundição. Soltava papagaio, e eu via aquele barulho do menino. Então, ele retocando ali, ele ouviu aquele barulho grande (‘boom!’) e falou assim: ‘Meu Deus! Quê que foi? Meu filho caiu! Irmã Benigna, socorre meu filho!’. Ele saiu correndo. Quando ele chegou na janela, o menino estava limpando e saindo. Caiu em cima de um monte de terra, que tinha sido colocado lá para uma obra que seria feita. Então eu considero isso um milagre, porque a altura ali varia entre 3 metros e meio a 4 e meio de altura; é uma altura muito grande e um impacto muito grande, se fosse, caísse num ambiente sólido.”

 

- Sr. Synfronini, houve algum momento em que tenha alcançado uma graça através da intercessão da Irmã Benigna, com relação a sua saúde?

R – “A Irmã Benigna, certa vez, eu sonhei com a Irmã Benigna. Passava muito na televisão, pedindo que os homens procurassem o médico para olhar a próstata; eu, como nunca senti nada disso, eu não tinha nada... Em sonho ela fala comigo: ‘Synfronin, olha esse negócio que todos os homens têm que olhar’. Eu acordei com aquilo e, aí, eu entendi que era essa propaganda que passava na televisão. E eu tinha feito um plano de saúde, e bate à minha porta um agente que me fez a proposta, e eu disse: ‘o que você está fazendo aqui?’, chamava-se Tomaz. Falei: ‘Ô Tomaz!’. Ele pegou e disse assim pra mim: ‘Olha tem 32 exames que você vai pagar mixaria e que é uma promoção; você quer fazer?’. Aí eu falei: ‘tá minha fia, depois de um sonho desse...’ Ainda contei a ele o sonho. Aí fui fazer, cheguei lá, o médico falou assim: ‘Ó, você nessa idade, tá com a saúde maravilhosa; conta pra nós aí o que... qual a sua alimentação?’. Falei: ‘não tem alimentação não, é igual a todo mundo.’ – ‘Mas tem um porém aqui, você não precisa de assustar não, você olha aqui o seu P.A.S, tá alterado, dá uma olhadinha nele’. Eu peguei e fui procurar um urologista. Aí, o urologista olhou e tirou lá... como é que chama? E, ao invés dele me assustar, ele veio me parabenizar. Falou: ‘Ó, parabéns, viu?’. Eu falei: ‘Por quê?’ – ‘Olha, um grãozinho tá começando na sua próstata, mas não vamos deixar ele crescer’. Aí, eu peguei e falei assim: ‘Mas ele é benigno ou maligno?’. Ele pegou e falou: ‘Olha, seja lá o que for, o médico vai examinar e vai te dar o diagnóstico’. Então, esse médico, amigo meu, liga para um cirurgião, e fala: ‘Olha, tem um amigo meu, quero que você o atenda como se fosse a mim; ele é um artista plástico muito meu amigo, e olha aí, da maneira que você puder. Peguei e fui lá. Ele olhou os exames e olhou pra mim sorrindo. Falou: ‘Meu filho você ganhou na loteria; isso aqui eu tiro de letra! Eu faço no dia 22 de Maio’ (1997). Aí eu peguei e falei com ele assim: ‘Tira de letra, que isso?’ – ‘Meu filho, isso foi um presente que você ganhou’. Eu peguei, fui lá, marquei com ele o exame. Ele fez no dia 22. Dia 23 eu fiquei sob observação e, no dia seguinte, eu fui embora. Aí, cheguei, ele falou: ‘Agora vamos ter que fazer uma sequência de exames pra ver se tudo tá indo bem’. E fez. Tinha acabado tudo. E, durante sete meses, ele monitorou ali e falou assim: ‘Você tá curado, você não tem nada’. Graças a Deus e a Nossa Senhora das Graças e à Irmã Benigna, foi tudo maravilhosamente resolvido.”

 

- Poderia dirigir um conselho aos seus amigos e devotos?

R – “Bom, o meu... pra meus amigos e para os devotos de Irmã Benigna, é que sejam devotos fiéis. E procurem sempre orar e pedir a Nossa Senhora, que ela tanto amou, que tanto clamava para os seus amigos. E que Deus, sem dúvidas, vai atender os pedidos da Irmã Benigna e de Nossa Senhora, que era a sua guia, em toda sua vida. A fé da Irmã Benigna, em vida, já era coisa, de acontecimentos maravilhosos. E após a sua morte, entre aspas, porque ela nasceu para Deus, nasceu para eternidade, então os valores nela são bem maiores. Creiam, orem e peçam, que todos serão atendidos. Que a Irmã Benigna esteja sempre a ajudar a todos os seus amigos fiéis e a todas as pessoas necessitadas.”

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